O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes uniu todo o Senado – independentemente de espectros políticos – contra si ao de...
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes uniu todo o Senado – independentemente de espectros políticos – contra si ao decidir restringir à Procuradoria-Geral da União (PGR) o poder de pedir a abertura de pedidos de impeachment contra magistrados da Corte, conforme apurou o analista político da GloboNews, Valdo Cruz.
Segundo reportou o jornalista nesta quinta-feira (4), até aliados do decano reconhecem que ele exagerou na medida e avaliam que não há nada que justifique uma decisão tão “extrema”.
A consequência foi inflamar os senadores de oposição a buscarem pautar o impeachment de Gilmar e do ministro Alexandre de Moraes enquanto a alteração não está em vigor.
Também criou uma pressão sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que ele ponha em tramitação a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões monocráticas de ministros do STF. E deve ainda levar o Congresso a atualizar a Lei de Impeachment, de 1950.
– Pegou fogo. A avaliação entre senadores é que Gilmar conseguiu unir todo mundo contra ele. Direita, esquerda, centro, todos ficaram contra a posição do ministro Gilmar Mendes. Se ele pensava que podia proteger o Supremo, acabou piorando a situação – analisou Valdo.
Em sua decisão, o magistrado também fixou que a aprovação do processo passe a exigir o apoio de dois terços dos senadores e não mais de maioria simples. Essas novas regras, entretanto, ainda não são definitivas. O entendimento será submetido ao plenário virtual da Corte entre os dias 12 e 19 de dezembro, quando os demais ministros avaliarão se a liminar será mantida, modificada ou derrubada.
Por; Pleno.News
