Irmã do rapper Gustavo Hungria, Manoela Hungria relatou que o artista ligou para ela na manhã desta quinta-feira (2) contando estar passando...
– Ele me ligou por volta de 8h20, falando que estava passando muito mal e que estava precisando de ajuda. Eu pensei que ele estava brincando, até que ele disse: “Estou com muito gosto de gasolina na boca e estou muito fraco”. Eu me assustei – relatou Manoela, segundo informações do portal Metrópoles.
Como parte do tratamento, o paciente teve que beber etanol – álcool usado em bebidas – e deve ser submetido a hemodiálise durante as próximas 72 horas.
Ele teve que beber aproximadamente 200 ml de álcool. Os médicos explicaram que o álcool não é tóxico para o corpo, então, é melhor que tenha álcool [no corpo] do que o metanol, porque o metanol é tóxico – descreveu Manoela.
Pode soar contraditório, mas o etanol é usado justamente porque compete com o metanol pelo mesmo processo metabólico no fígado: a ação da enzima álcool desidrogenase. Essa enzima tenta transformar ambos em substâncias elimináveis, mas, no caso do metanol, o resultado são compostos altamente tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico.
Assim, ao administrar etanol, oferece-se ao fígado um “competidor” inofensivo, reduzindo a metabolização do metanol em produtos nocivos e dando tempo para que o organismo ou a hemodiálise eliminem a substância com menor risco.
Segundo Manoela, a equipe médica responsável por seu irmão afirmou que se ele tivesse demorado mais a buscar ajuda, poderia ter sido tarde.
[A intoxicação por metanol] realmente pode matar. E o médico foi muito claro: se ele não tivesse chegado rápido aqui no hospital, poderia haver mais complicações ou de repente até uma notícia ruim para todos nós – ponderou.
Por: Pleno.News