Coeficiente fechou julho com 46,2%, ante 46,8% de junho. Lula Foto: EFE/ Andre Borges O Índice de Governabilidade (I-Gov) ...
Coeficiente fechou julho com 46,2%, ante 46,8% de junho.

O Índice de Governabilidade (I-Gov) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou piora pelo segundo mês consecutivo em julho. Desta vez, o coeficiente registrou 46,2%, ante 46,8% de junho. Os dados são do estudo da 4Intelligence e foram divulgados pelo jornal O Estado de São Paulo.
O índice de governabilidade é resultado de levantamento para medir as condições do governo de por em prática suas prioridades e emplacar sua agenda em relação aos demais poderes e ainda sua repercussão na opinião pública.
O petista se manteve estável diante do Legislativo e teve ligeira queda em relação ao Judiciário, enquanto melhorou razoavelmente na esfera da opinião pública. Apesar do alto índice (78% ante 82%), a governabilidade de Lula junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) recuou por conta de pontuais decisões desfavoráveis a seus interesses.
O governo federal em si não sofreu derrotas em nenhum dos processos que questionam itens de sua agenda, sofrendo apenas efeitos de processos relativos a mandatos de presidentes anteriores.
Já no Congresso Nacional, o presidente manteve a estabilidade já percebida pelo levantamento no mês anterior, no baixo patamar de 19%. No período, o Planalto obteve êxito na aprovação de duas Medidas Provisórias (MPs) em sua forma original, sem alterações, enquanto outras duas foram rejeitadas.
Lula registra desempenho 11 pontos abaixo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em igual período de 2021 e bem inferior aos de seus dois primeiros mandatos (83% em 2005 e 71% em 2009). A expectativa do instituto para agosto é de nova queda, em meio a ações de obstrução da oposição no Congresso e à ameaça dos partidos PP e União Brasil romperem definitivamente com o governo.
Julho é o décimo terceiro mês seguido do governo abaixo dos 50 pontos, marca registrada pela última vez em junho de 2024. O I-Gov é composto pela média simples de três dimensões associadas ao fenômeno: a relação da agenda do Executivo com o Legislativo; a interação do Planalto com o Poder Judiciário; e a percepção da opinião pública em avaliações do trabalho do presidente.
*AE