Neste domingo (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que falará com seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, para evi...
Neste domingo (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que falará com seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, para evitar um conflito militar com a Venezuela. O petista deu declarações após o encerramento da Cúpula de Líderes do G20 em Joanesburgo.
Em uma coletiva de imprensa, Lula se declarou “muito preocupado” com o desdobramento militar americano no Caribe em meio à crescente tensão com a Venezuela.
Estou preocupado porque a América do Sul é considerada uma zona de paz – ressaltou o presidente.
E reforçou:
Somos um continente que não tem armas nucleares, bombas atômicas, não temos nada. Lá, nosso objetivo é trabalhar para nos desenvolvermos e crescermos. Estou muito preocupado com o dispositivo militar que os Estados Unidos instalaram no mar do Caribe. Isso me preocupa enormemente e tenho a intenção de discutir isso com o presidente Trump, porque me preocupa.
Lula frisou que o Brasil “tem uma responsabilidade com a América do Sul” e recordou que seu país compartilha fronteira com a Venezuela, algo que “não é pouca coisa”, e fez questão de enfatizar que “não faz sentido ter uma guerra agora”.
– Não vamos repetir o erro que foi cometido na guerra entre Rússia e Ucrânia. Para começar, basta um disparo, e quem sabe como terminará. Por isso, é importante que encontremos uma solução antes que comece. Estou muito preocupado e não gostaria que ocorresse nada militar na América do Sul – concluiu.
Os Estados Unidos reforçaram nos últimos meses sua presença militar no Caribe e no Pacífico latino-americano com navios, aviões de combate e forças especiais, em meio a crescentes tensões com a Venezuela, em um desdobramento que o governo de Donald Trump enquadra em sua iniciativa Lança do Sul e na luta contra o narcotráfico.
No entanto, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, considera que este desdobramento é uma tentativa de tirá-lo do poder, razão pela qual ordenou, há meses, que o país se mantenha em alerta e efetue exercícios de preparação militar diante de uma eventual “agressão”.
*Com informações da Agência EFE
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