Um desfile de atores vestidos como animais tomou conta da chamada Green Zone, na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas ...
Um desfile de atores vestidos como animais tomou conta da chamada Green Zone, na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, durante a tarde desta segunda-feira (10).
Na ocasião, participantes que passavam pelo local se depararam com os artistas engatinhando trajados como sapo, camelo, tatu, tartaruga, zebra, bicho preguiça, macaco, urso-polar, entre outros animais. O personagem folclórico brasileiro Curupira também foi representado.
O pavilhão onde a apresentação foi realizada é voltado para líderes globais, membros da sociedade civil e instituições públicas e privadas. A ideia do desfile tinha como objetivo enaltecer a biodiversidade brasileira, mas acabou virando pauta para piadas e constrangimento nas redes sociais.
COP30 ou Comic Con? Parece que, em Belém, convidaram os “therians” pra representar a fauna brasileira, e o resultado foi uma comédia ambiental: mais teatro que pauta. Difícil saber o que está em extinção primeiro… o bom senso ou o debate sério sobre o clima – escreveu um internauta.
– Tosco, milionário e degradante. A performance apresentada na COP30, com pessoas engatinhando em trajes de animais da fauna brasileira, é o retrato simbólico do esvaziamento intelectual e estético da arte quando esta se torna instrumento de propaganda política. A proposta, que deveria exaltar a biodiversidade e a urgência da preservação ambiental, terminou por expor o oposto: o constrangimento do exibicionismo travestido de consciência ecológica – lamentou mais um.
A COP30 teve início oficialmente na manhã desta segunda com o discurso de abertura feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na oportunidade, o chefe do Executivo enalteceu a cultura e culinária do Pará, mas ponderou que realizar a COP em uma cidade amazônica é “um desafio tão grande quanto a gente acabar com a poluição do planeta terra”.
Nós resolvemos aceitar o desafio de fazer a COP em um estado da Amazônia, para provar que quando se tem disposição política, quando se tem vontade e quando tem compromisso com a verdade, a gente prova que o homem não tem nada que seja impossível para ele, o impossível é não ter coragem para enfrentar desafios. (…) Trazer a COP para o coração da Amazônia foi uma tarefa árdua, mas necessária. A Amazônia não é uma entidade abstrata. Quem só vê a floresta de cima desconhece o que se passa à sua sombra – assinalou.
Por: Pleno.News
