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Depois de dois anos, Planaltina retoma Festa do Divino

  Ao ressaltar o suporte do Governo do Distrito Federal (GDF) à realização das festas religiosas de Brasília, por meio das forças de seguran...

 

Ao ressaltar o suporte do Governo do Distrito Federal (GDF) à realização das festas religiosas de Brasília, por meio das forças de segurança, o governador comemorou a volta da celebração em Planaltina graças à vacinação, já na quarta dose para maiores de 50 anos, e às medidas de prevenção à covid-19 adotadas em sua gestão.

“É voltar à vida, realmente. A gente tem a sensação de que estamos retomando, mesmo com as dificuldades que ainda temos, felizmente com muitos avanços”, disse.

Em sua 138ª edição, a Festa do Divino de Planaltina é a segunda maior celebração da Igreja Católica na cidade, atrás apenas da Via-Sacra do Morro da Capelinha. Por dez dias, todas as paróquias da cidade comemoraram a data em um evento com fogos, comidas preparadas pelos moradores, músicas e novena, além de cortejos da Coroa e da Bandeira do Divino pelas ruas da maior região administrativa do DF.

A romaria de cavaleiros, de cerca de 100 km, sai do interior de Goiás oito dias antes do encerramento. A cada noite, os cavaleiros recebem pouso em uma fazenda, onde em troca promovem cantorias, benditos e orações, sempre com uma bandeira do Espírito Santo. “Os historiadores dizem que a festa remonta à época da interiorização do Brasil, quando os bandeirantes chegavam às fazendas remotas com suas bandeiras, rezavam e cantavam como agradecimento”, relata o deputado distrital Cláudio Abrantes.

Pela grandeza e importância religiosa que exerce na cidade, a celebração é considerada Patrimônio Cultural Imaterial do DF, por meio do Decreto nº 34.370, de 17 de maio de 2013. A festa relembra a descida do Espírito Santo sobre os 12 apóstolos de Jesus Cristo, em Pentecostes, sete semanas após a Páscoa.

Maria Helena da Silva, a Dona Nitinha, 75 anos, é hoje a responsável pela distribuição de 60 abacaxis, 30 melancias e 15 sacos de mexericas aos cavaleiros e fiéis no acostamento da DF-128. O ponto é a última parada da procissão a cavalo até a chegada à área urbana de Planaltina onde o irmão José Simão, já falecido, sem fazenda para dar pouso à romaria do Divino, passou a oferecer frutas aos romeiros. “É a fé que me move com as graças concedidas pelo Divino Espírito Santo em minha vida”, acredita ela.

Quem também se movia pela devoção era o violonista Fernando Camões, 60 anos, que há pelo menos 20 participa das festividades em Planaltina. Um dos músicos do cortejo, ele garante que a benção da saúde é a grande dádiva concedida pelo Espírito Santo. “Tem dias que a gente acorda meio doente, capenga, mas é pedir e o Divino nos dá força para melhorar”, afirma.

Além do governador Ibaneis Rocha e do deputado Cláudio Abrantes, participaram do encerramento da Festa do Divino o vice-governador, Paco Brito; a deputada federal Flávia Arruda; o deputado distrital Agaciel Maia; o ex-governador José Roberto Arruda; os ex-vice-governadores do DF Paulo Octávio e Tadeu Filippelli; entre outras autoridades políticas.

Por: Agência Brasília