Organizador de caravana de Bolsonaro diz que golpe pode ser “única saída” - Notícias de Brasília

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Organizador de caravana de Bolsonaro diz que golpe pode ser “única saída”

  O empresário Carlos Longo, um dos organizadores da caravana de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou em áudio que...

 

O empresário Carlos Longo, um dos organizadores da caravana de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou em áudio que uma intervenção militar, nos moldes do golpe de 1964, pode ser “a única solução”. Ele e outros 200 donos de empresas de Mato Grosso estão em Brasília para participar dos atos no 7 de Setembro. A informação é do portal RD News.

De acordo com o bolsonarista, entre as reivindicações do grupo estão “a troca dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), não fechar o Supremo, mas a substituição deles. Tem que rodar todo mundo. A questão do voto auditável, o povo não vai abrir mão, tem que ressuscitar ele”.

Para o organizador da caravana, o “estopim” que deve acabar com a estabilidade democrática no Brasil deve ser a decisão sobre a tese do marco temporal, que está sendo julgada pelo STF. Trata-se da demarcação de terras indígenas, e o Supremo avalia se o marco de ocupação até 1988, ano da promulgação da Constituição, deve ser considerado.

“O que vai pegar fogo é a questão do marco temporal. Se votarem contra, aí quebrou o país e o Bolsonaro vai fazer aquilo que o povo quer, que é a intervenção militar. MT perdeu quase 5 milhões de hectares de lavoura, daí fica inviável para o agronegócio, que é quem está sustentando o país. Aí a única solução para o presidente Bolsonaro é a intervenção militar, não tem outro jeito”, diz em tom de ameaça.

Convicto de que deve ocorrer uma intervenção militar, Carlos não vê a defesa como uma incoerência em um regime democrático e acredita que 90% da população apoia. As críticas seriam apenas “da imprensa esquerdista” e de senadores e deputados que estariam “mamando no sistema”.

Sobre o Supremo, ele apenas classifica os ministros como “todos petistas e da Dilma” e afirma que o presidente foi eleito e os ministros não.

Por Metrópoles