Após protesto, Carrefour da 402 Sul fecha as portas nesta sexta - Notícias de Brasília

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Após protesto, Carrefour da 402 Sul fecha as portas nesta sexta

(crédito: Darcianne Diogo/CB/D.A Press) O Carrefour bairro 24 horas da 402 Sul fechou as portas, por volta das 20h desta sexta-feira (20/11)...


(crédito: Darcianne Diogo/CB/D.A Press)

O Carrefour bairro 24 horas da 402 Sul fechou as portas, por volta das 20h desta sexta-feira (20/11), com a chegada de manifestantes. Cerca de 100 pessoas protestam em frente ao estabelecimento contra o assassinato de um homem negro, de 40 anos, espancado e morto por um policial temporário e um segurança na porta de uma unidade do supermercado Carrefour, no bairro Passo D'Areia, em Porto Alegre. O Correio apurou que o estabelecimento não atenderá mais clientes nesta sexta-feira.

Os manifestantes se concentraram em frente à Praça Zumbi dos Palmares e seguiram em direção ao Carrefour da 402 Sul. "O nosso ato é para berrar por Justiça. É importante que o ato de hoje termine vitorioso. Estamos cercados por dizer que vidas negras importam e pessoas não podem morrer por serem negros", gritavam os protestantes.

O protesto pacífico durou cerca de uma hora. Na parte externa do supermercado, policiais militares chegaram a montar uma barreira para evitar que os manifestantes invadissem o local.

O estudante de ciências políticas Daniel da Silva, 21, acredita que atos como esses reforçam a luta contra a violência ao negro. "O racismo é institucionalizado e, a cada 23 minutos, um negro morre. Estamos em um país inseguro. Nossas crianças que virão vão sofrer com toda essa desigualdade. Esse momento é muito importante para reforçar nossa luta coletiva", frisou.

Assassinato
João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, o homem negro, foi morto após ser espancado por dois homens em um supermercado Carrefour, em Porto Alegre. Em um vídeo que circula nas redes sociais, um dos homens segura a vítima e o outro desfere murros. A vítima grita enquanto recebe os socos. Ao fundo, uma pessoa grita: "Vamos chamar a Brigada (Militar)". Uma mulher, aparentemente uniformizada, observa de perto, segurando um celular.

Com as informações do Correio Braziliense