Alvo da nova fase da Operação Sem Desconto, da (PF), que apura um esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS, o sen...
Alvo da nova fase da Operação Sem Desconto, da (PF), que apura um esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS, o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo Lula (PT), possui um histórico de citações em processos e investigações, apesar de o parlamentar rejeitar ter participação em crimes.
Natural de Imperatriz (MA), Weverton começou na vida pública como dirigente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e da União Nacional dos Estudantes (UNE), onde chegou à vice-presidência. Nos anos 2000, atuou como assessor na Prefeitura de São Luís (MA) e foi secretário estadual de Esporte e Juventude do Maranhão, no governo de Jackson Lago (PDT).
Weverton foi eleito suplente de deputado federal em 2010 e assumiu o mandato definitivamente em 2012. Reeleito em 2014, permaneceu na Câmara até 2018. Nesse período, se posicionou contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e contra a reforma trabalhista aprovada em 2017.
Em 2018, foi eleito senador com apoio do então governador Flávio Dino, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). No Senado, Weverton passou a integrar a base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atualmente é relator da indicação de Jorge Messias para o STF. Em 2022, tentou se eleger governador do Maranhão, mas acabou derrotado.
ALVO DA JUSTIÇA
Ao longo da carreira política, Weverton foi citado em diversas investigações e processos judiciais. No caso do programa Projovem Urbano, quando era secretário estadual, ele chegou a ser investigado por contratações sem licitação, mas foi absolvido pelo STF sob a justificativa de que não houve dolo ou prejuízo ao erário.
Em outro processo, envolvendo a reforma do ginásio Costa Rodrigues, em São Luís, ele chegou a se tornar réu no Supremo Tribunal Federal, em 2017, enquanto deputado, por violação à lei de licitações e peculato em razão da contratação de uma empreiteira e de dispensa de licitação para a reforma do ginásio, mas a Suprema Corte declinou da competência e o fato acabou seguindo para a Justiça estadual.
Cinco anos depois, já em 2022, o Tribunal de Justiça do Maranhão decretou o encerramento da ação penal e sequer houve julgamento. O processo, porém, ainda poderá ser retomado caso a investigação seja reiniciada.
Mais recentemente, emendas parlamentares destinadas por Weverton foram mencionadas na Operação Odoacro, que apura supostas irregularidades em contratos públicos no estado do Maranhão. Em todas as ocasiões, o senador negou envolvimento direto em ilegalidades.
Nesta quinta-feira (18), Weverton foi alvo de buscas autorizadas pelo STF no âmbito da Operação Sem Desconto, que apura um esquema de descontos ilegais em benefícios do INSS. Em nota, a defesa afirmou que o senador recebeu a medida com surpresa e disse que ele está à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades.
Por: Pleno.News
