O embaixador do Brasil em Roma, na Itália , Renato Mosca de Souza, afirmou nesta terça-feira (23) que não autorizou nem teve conhecimento ...
O embaixador do Brasil em Roma, na Itália, Renato Mosca de Souza, afirmou nesta terça-feira (23) que não autorizou nem teve conhecimento prévio da gravação de um vídeo feito pelo humorista Fábio Porchat dentro da sede da embaixada brasileira na capital italiana. No material, divulgado nas redes sociais, o humorista ironiza a direita no contexto do boicote à marca Havaianas.
Em nota oficial, Souza esclareceu que Porchat estava no local como convidado pessoal para uma confraternização de Natal, mas que a gravação ocorreu sem consentimento do chefe da missão diplomática. O comunicado também diz que a presença do ator não gerou custos ao poder público. De acordo com o texto, todas as despesas relacionadas a convidados pessoais do embaixador são arcadas diretamente por ele.
O vídeo em questão, gravado em parceria com o grupo humorístico Porta dos Fundos, mostra Porchat como um suposto gestor de crise que reage às críticas feitas por políticos conservadores à campanha publicitária da Havaianas estrelada pela atriz Fernanda Torres. Na gravação, o ator zomba de diversas questões relacionadas à direita.
Procurada pela CNN Brasil, a assessoria de imprensa do ator informou que não conseguiu contato com ele.
PROPAGANDA POLÊMICA
Nos últimos dias, a Havaianas virou alvo de críticas, nas redes sociais, por causa de sua campanha com a atriz Fernanda Torres. Na peça publicitária, a atriz diz: “Desculpa, mas eu não quero que você comece o ano com o pé direito”. A frase foi entendida como um posicionamento político e a marca precisou bloquear os comentários no Instagram.
– Desculpa, mas eu não quero que você comece o ano com o pé direito. Não é nada contra a sorte, até porque, sorte? Não depende de você, depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés – diz a atriz.
Nos comentários da publicação diversas pessoas criticaram a “indireta”, como o vereador Gilson Machado Filho (PL-PE), que disse que começaria 2026 com o pé direito “em outra marca”. O deputado federal Luiz Lima (Novo-RJ) também se manifestou, dizendo que “publicidade é escolha e consumo também”.
O especialista em marketing Marcelo Rennó também criticou a campanha, relembrando que 2026 é ano de eleição e que campanhas publicitárias devem ser feitas pra todo mundo, não pra um lado só.
Nas redes sociais, internautas, influenciadores e políticos de direita prometeram boicotar a marca e incentivaram outras pessoas a fazerem o mesmo.
Por: Pleno.News
