“PMDF f*deu a minha vida”, diz soldado perseguido após dar beijo gay - Notícias de Brasília

Page Nav

HIDE

“PMDF f*deu a minha vida”, diz soldado perseguido após dar beijo gay

  Henrique Harrison, o soldado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) alvo de ataques homofóbicos por colegas de farda após postar um...

 

Henrique Harrison, o soldado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) alvo de ataques homofóbicos por colegas de farda após postar uma foto beijando o namorado, foi afastado da corporação. Nesta quarta-feira (2/3), a dispensa do militar foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) e Harrison passou a não estar sujeito às regras do código militar. Assim, ele usou as redes sociais para mandar um recado: “A PMDF f**** minha vida”, disse.

Ao Metrópoles, o ex-soldado afirmou que está tentando reconstruir a vida e que a luta não acabou. “Eu que pedi para sair. Saí para poder lutar mais”, declarou Harrison. Ele destacou que não pode, ainda, revelar o motivo da saída, mas reclamou da falta de apoio da PMDF em relação ao caso. “A PM nunca me deu nenhum tipo de suporte e fez questão de que eu saísse da corporação. Eu não queria sair, mas foi a única maneira de manter minha sanidade mental. Agora, vou buscar justiça de qualquer forma e tentar ajudar a comunidade LGBTQIA+ a entrar na corporação e espero que possa ser diferente”, completou.

Procurada para comentar a motivação da exoneração do rapaz, a PMDF disse, apenas que “Henrique Harrison pediu licenciamento das fileiras da corporação, conforme publicado no DODF n° 41 de 02/03/22”.


Relembre o caso

A polêmica envolvendo Harrison e a Polícia Militar começou em janeiro de 2020. O soldado foi alvo de ataques homofóbicos após postar uma foto tirada na formatura de praças beijando o namorado. Um áudio atribuído a um coronel da corporação escancara críticas. “A porção terminal do intestino é deles e eles fazem o que quiserem”, ofendeu o militar. O tenente-coronel da reserva da PMDF Ivon Correa foi condenado a pagar R$ 25 mil em danos morais a Harrison . A decisão foi da 7ª Vara Cível de Brasília

Fonte: Metrópoles