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Justiça do RJ aceita denúncia e torna réus Monique e Jairinho

A juíza Elizabeth Machado Louro também decretou a prisão preventiva dos dois A juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Tribuna...

A juíza Elizabeth Machado Louro também decretou a prisão preventiva dos dois



A juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do RJ, aceitou, nesta sexta-feira (7), a denúncia feita pelo Ministério Público contra o vereador Jairo Santos, o DR. Jairinho, e Monique Medeiros, respectivamente, padrasto e mãe do menino Henry, morto no dia 8 de março deste ano. Com isso, ambos agora são réus pela morte da criança

A magistrada também decretou a prisão preventiva do dois, que estavam em prisão temporária desde o dia 8 de abril. Caso a medida não tivesse sido decretada pela juíza, Jairinho e Monique poderiam ser soltos neste sábado (8), por conta do fim do prazo de 30 dias da prisão temporária de ambos.

A magistrada justificou a decisão com o argumento de que a liberdade de ambos poderia resultar em possível coação contra testemunhas da investigação. A babá de Henry Borel, Thayná Ferreira, relatou em depoimento que foi orientada por Monique a mentir no primeiro de seus depoimentos.

– Para além da revolta generalizada que os apontados agentes atraíram contra si antes mesmo de serem denunciados pelo órgão com atribuição para tal, releva assinalar que o modus operandi das condutas incriminadas reforça o risco a que estará exposta a ordem pública, bem como a paz social, se soltos estiverem os ora acusados – destacou a juíza.

A DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, na quinta-feira (6), Jairinho e Monique pela morte do menino Henry Borel, de 4 anos, ocorrida no dia 8 de março deste ano. Segundo o promotor Marcos Kac, que assina a denúncia, Jairinho e Monique tentaram intimidar e cercear testemunhas, direcionar depoimentos e embaraçar as investigações.

Jairinho foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, tortura e impossibilidade de defesa da vítima), com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos, tortura e coação de testemunha.

Monique, por sua vez, também foi denunciada por homicídio triplamente qualificado na forma omissiva imprópria, com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.

O MP aponta que o crime de homicídio foi cometido por motivo torpe, por Jairinho acreditar que Henry atrapalhava a sua relação com Monique. O promotor ainda aponta que Henry não teve a menor chance de escapar das agressões, por conta da sua idade e pela “superioridade de força com que foi surpreendido”.

A promotoria ainda indica que o crime foi executado com meio cruel, causando intenso sofrimento físico ao menino e que as múltiplas lesões de Henry mostram “uma brutalidade fora do comum e em contraste com o mais elementar sentimento de piedade”.

Por: Pleno.news