Guedes é condenado a pagar R$ 50 mil por chamar servidores de parasitas - Notícias de Brasília

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Guedes é condenado a pagar R$ 50 mil por chamar servidores de parasitas

Ministro da Economia deve pagar indenização por chamar servidores de "parasitas" e afirmar que ficavam em casa "com geladeira...



Ministro da Economia deve pagar indenização por chamar servidores de "parasitas" e afirmar que ficavam em casa "com geladeira cheia"


O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi condenado em primeira instância a pagar indenização de R$ 50 mil ao Sindicato de Policiais Federais da Bahia (Sindipol-BA). A determinação baseou-se no episódio em que o ministro comparou servidores públicos a parasitas, ao criticar o reajuste anual de servidores, em fevereiro. Ele afirmou que eles já têm privilégios, como estabilidade no emprego e “aposentadoria generosa”. Ainda cabe recurso.


Para a juíza federal Cláudia da Costa Tourinho Scarpa, responsável pela decisão, houve “violação aos direitos da personalidade dos integrantes da categoria profissional” representada pelo Sindicato.

Em palestra na Fundação Getúlio Vargas (FGV) Guedes falou: “O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”. Na época, a assessoria de imprensa do Ministério da Economia disse que a comparação se tratava de uma situação específica e foi retirada de contexto.


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O advogado do Sindipol-BA, Marcel Santos Mutim, afirmou que “o Ministério Público Federal (MPF) havia apresentado parecer no sentido de que as manifestações de Paulo Guedes possuíam conteúdo discriminatório generalizado, o que fez com que o MPF opinasse pela condenação, o que foi confirmada na sentença”


Em nota, o sindicato afirmou que dinheiro pago pelo ministro será doado ao Hospital Santo Antônio, que pertence às Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), e ao Hospital Aristides Maltez, que são organizações sem fins lucrativos de Salvador e que estão à frente no combate à pandemia do novo coronavírus.

O Metrópoles procurou a assessoria do ministro, mas não houve respostas até a publicação desta reportagem. O espaço continua aberto.

Por Metrópoles