Um professor de Artes de uma escola estadual em Salvador , na Bahia , foi afastado de suas funções após estimular estudantes a se beijarem...
Um professor de Artes de uma escola estadual em Salvador, na Bahia, foi afastado de suas funções após estimular estudantes a se beijarem em troca de pontos na média escolar. O fato foi denunciado por duas mães de alunos à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca) da capital baiana.
De acordo com a denúncia, o caso ocorreu no dia 11 de novembro, quando, segundo alunos, o professor pediu que adolescentes do 6° ano do ensino fundamental se beijassem. A idade dos estudantes seria entre 11 e 13 anos.
Em nota, a Secretaria de Educação da Bahia (SEC) afirmou que afastou o professor e instaurou um processo administrativo para apurar o caso.
A direção da escola também divulgou nota, assinada pela diretora, Jeana Lemos de Oliveira. No comunicado, ela afirma que “repudiou o ato e agiu imediatamente” e que, em menos de 24 horas após o ocorrido, ela se reuniu com os estudantes na presença dos pais e enviou uma ata dessa reunião para a Secretaria de Educação, pedindo o afastamento do professor.
Em áudios divulgados nas redes sociais, uma aluna presente na sala de aula relatou a situação. De acordo com uma das estudantes, o professor teria realmente incentivado os beijos, que seriam tanto entre meninas e meninos, quanto entre dois meninos e entre duas meninas.
– Estávamos em uma aula com o professor de artes. Aí uma menina chegou no professor e falou: “Professor, eu gosto daquele menino”. Aí o professor incentivou a gente a se beijar, menina com menina, menino com menino e menino com menina. Aí ele falou depois: “[A] Quem se beijar dou cinco pontos”. E ofereceu até dinheiro, R$ 5 – relatou a estudante.
Uma das mães que relatou a denúncia na delegacia diz que, após o ocorrido, a filha está com dificuldades para dormir e que não se sente mais segura em sua escola. A mãe disse ainda que até marcou uma sessão de terapia com uma psicóloga para a jovem.
– Houve transtorno, agonia na sala. Muitas crianças chorando na sala. Minha filha chegou em casa chorando, desesperada, contando o ocorrido. Ela está sem dormir por conta disso. Estou com psicóloga marcada para ela, que não está se sentindo segura para voltar para a escola. Eu prestei queixa na delegacia do adolescente, em Brotas – declarou.
O Ministério Público da Bahia, por sua vez, afirmou que o Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca) tomou conhecimento do caso nesta terça-feira (23) e que vai adotar providências a partir das Promotorias de Justiça da Infância, Criminal e da Educação.
Por: Pleno.News