Jovem que planejava matar Bolsonaro diz que se infiltrou na “toca dos lobos” - Notícias de Brasília

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Jovem que planejava matar Bolsonaro diz que se infiltrou na “toca dos lobos”

A Polícia Federal confirmou que o homem se preparava para atentar contra a vida do presidente. O inquérito foi concluído nessa quarta-feira ...





A Polícia Federal confirmou que o homem se preparava para atentar contra a vida do presidente. O inquérito foi concluído nessa quarta-feira
Um jovem de 25 anos (foto principal), preso acusado de planejar matar o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido) em novembro do ano passado, postou nas redes sociais que pretendia iniciar uma “sequência de histórias” e que estava infiltrado “na toca dos lobos”. Pedro Venício Souza Rodrigues se refere ao emprego que conseguiu em uma empresa de limpeza que atende o Exército Brasileiro.


O inquérito da Polícia Federal foi concluído nessa quarta-feira (11/11). A investigação tratou da divulgação de mensagens que mencionavam o ataque arquitetado para acontecer em novembro do ano passado, quando o presidente esteve em Três Corações (MG).

Nas redes sociais, Pedro postou diversos vídeos e fotos um dia antes da chegada da comitiva presidencial na cidade mineira. No total, foram cinco publicações. Entre vídeos e textos, o rapaz chegou a escrever: “Inicia-se aqui a sequência de histórias onde estou infiltrado na toca do lobo, melhor dizendo, Exército Brasileiro”.

Em um vídeo, o acusado detalha: “Agora estou analisando toda a situação, toda a área aqui, para botar meu plano de que na hora que Bolsonaro chegar aqui, eu vou acertar ele.” Ao ser indagado pelos policiais ao ser preso um dia antes da chegada de Bolsonaro a Três Corações, o jovem afirmou que era tudo uma “brincadeira”. Ele responderá ao crime em liberdade.



O plano
Em 29 de novembro de 2019, Bolsonaro esteve em Minas Gerais para solenidade de formatura em uma unidade militar. No mesmo dia, Pedro Venício, que trabalhava como funcionário terceirizado na Escola de Sargentos das Armas, foi detido e conduzido à Delegacia de Polícia Federal, em Varginha, após apurações identificarem que ele havia divulgado, na véspera da visita e por meio de uma rede social, inúmeras mensagens em textos e vídeos, com menções de atacar o presidente.

Um dos vídeos chamou a atenção da PF, pois, nele, o investigado afiava o cabo de uma escova de dente, para transformá-la em estoque, instrumento perfuro-cortante não identificável por detectores de metal.


No curso das investigações, a PF representou por mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos em Três Corações e Alfenas (MG), além de proceder a oitivas, diligências de campo e cruzamento de informações constantes do material apreendido e periciado.


O inquérito policial concluiu que o investigado manifestou que tinha a intenção de atentar contra a vida de Bolsonaro. Pedro foi indiciado pelo crime de atentado contra a liberdade pessoal do Presidente da República e, se condenado, pode cumprir até 12 anos de prisão.


Facada
O presidente já foi alvo de um atentado. Em 6 de setembro de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro cumpria agenda em Juiz de Fora (MG) quando foi atacado por Adélio Bispo de Oliveira. O militar da reserva foi atingido por uma facada no abdômen. Ele passou por uma cirurgia delicada para estancar hemorragia e conter lesões nos intestinos grosso e delgado.

Após ser socorrido na rede pública e operado pela equipe médica da Santa Casa de Misericórdia da cidade mineira, Bolsonaro foi levado de avião para São Paulo, onde ficou internado entre 7 e 29 de setembro, no Hospital Albert Einstein.


Em junho de 2019, a Justiça de Juiz de Fora, em Minas Gerais, decidiu absolver Adélio Bispo, tomando como base o fato de o agressor ter sido considerado inimputável após laudos médicos.

Mesmo com a sentença positiva, Adélio deve permanecer internado por tempo indeterminado. Ele será submetido a uma perícia médica em 2022, daqui a três anos.

A defesa do presidente não recorreu da decisão da Justiça Federal. Como o Ministério Público também não recorreu, a sentença transitou em julgado, ou seja, estão esgotados os prazos para recursos.

Fonte: Metrópoles